Sem Luz, há breu
Já há tempo que não escrevo; tenho andado um tanto perdido no meu "eu". Talvez tenha sido bom, pois Nietzsche disse que "é preciso saber ocasionalmente perder-se quando queremos aprender algo das coisas que nós próprios não somos". Não sei o que não sou, mas sei parte do que sou: sou Lucas, nome que remete à luz, e esta é uma inspiração deste texto. E se penso em luz, me lembro: há breu!
Luz, tão maravilhosa e essencial, presente em nossas vidas nas formas as mais diferentes. Já "inventamos" e reinventamos a luz de todo jeito: temos nossas próprias fontes de luz, muitos tipos de luz, e ainda a utilizamos para diversos fins, desde as coisas mais simples até aplicações antes inimaginadas nas ciências. Dela tiramos energia pra várias outras coisas, dentre elas, gerar mais luz, como a que ilumina nossas casas. Mas aquela luz, tão poderosa, que até nos dá energia, sempre deu, não só a nós, mas a todos os demais seres, propiciando a vida como conhecemos em nosso planeta, é a maravilhosa luz do Sol. Algo simples, mera radiação eletromagnética vinda de uma das estrelas mais simples de nosso Universo, mas que ainda assim nos encanta, ajuda e alegra em nossas vidas. Nosso poderoso Sol! Rei do nosso sistema planetário e também de inúmeras lindas histórias que povoam nosso imaginário. E quem é por vezes sua inseparável companheira, a ele unida uma vez e "para sempre", mesmo que indiretamente, e que nos encanta também com seu brilho, que nada mais é que o reflexo daquela mesma luz do Sol?

Sim, a Lua, inspiradora de namorados, principalmente quando um vê a outra como seu Sol! A Lua o acompanha e refletindo sua luz nos encanta, como se ela se apoderasse daquela luz e a mandasse para nós uma luz nova, transformada, purificada e sutil. A Lua, tão luminosa e resplandecente, brinca no céu e na Terra, nesta mexendo em nossos amores e marés, naquele brincando de se esconder, surgindo cada dia num horário e com uma forma diferente a nossos olhos. E esse lindo jogo, importante por milênios para muitas civilizações, as permitindo organizar calendários e planejar plantios e colheitas, só acontece por um simples motivo: há breu! O escuro nos cria as fases da Lua. Onde há breu, não vemos refletir a luz do Sol. Se há breu, a Lua se transforma, assim como a transforma a Luz.
Sol, Lua, essa linda dança nos céus... é como se diz: "o céu é o limite"! O limite para nossos sonhos, imaginações, projeções. Numa vida muitos desejos vêm e vão, são repensados, melhorados, compartilhados. Só não podem ser desprezados. Um sonho maior, como uma realização pessoal ou a busca por um amor verdadeiro, é como uma certa pedra muito famosa, que demora muito tempo sendo preparada, no seio da mãe Terra, e quando descoberta não chama muito a atenção, parecendo suja, sem valor, mas ao ser lapidada revela toda sua beleza e valor: o diamante! Diamante como tantos que já saíram e, mesmo que raro, ainda surgem em terras nossas, como na querida cidade mineira de Diamantina. Lugar mágico, meta de farra e prazer mundano para muitos, mas também fonte de uma esperança de vida nova e pura para alguém.

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